quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Você não precisa ser magra – sobre quilos a mais e felicidade

Ela é linda. Tem olhos grandes e expressivos, sorriso brilhante e belos quadris. Interessante, tem papo agradável e outras mil e uma qualidades. Mas quando sobe na balança e o ponteiro passa do que a sociedade julga aceitável, tudo o que ela tem de bom cai no mar do esquecimento e o foco passa a ser os quilinhos que ela “precisa” perder.
Ela disse que ainda não fez aquela lindíssima tatuagem na costela porque antes precisa ficar magra. Afinal, absolutamente nada fica bonito ou sexy em gente gorda.
Ela mora junto e tem o sonho de se casar na igreja (é, naquela cerimônia besta em que você se veste de branco, diz sim e depois te jogam arroz), mas adiou o antigo sonho porque não quer entrar na igreja “como um colchão amarrado pelo meio”.
Ela precisa estar magra para viver um dia de fato feliz. Ela queria a lingerie nova que viu na vitrine, mas não – o marido não vai me achar bonita vestida naquilo. Aliás, eu sou gordinha, então não posso ser bonita.
E deixa eu contar a maior verdade pra vocês: ela é linda mesmo. Ela não percebe os olhares quando ela passa, porque está ocupada olhando-se no reflexo da porta de vidro e encontrando defeitos sem importância. Ela não se deu conta que aquela amiga magrelinha que vive contando vantagem é louca pelas coxas dela. Ela não se deu conta de quanta vida está perdendo pelo simples fato de não ser magra.
Aqueles vinte inofensivos quilinhos a separaram da sonhada tatuagem e da cerimônia de casamento. Do cupcake no último aniversário. Do churrasco em família, da praia de domingo, da sessão de fotos sensuais. Os dias dela estão ocupados com inibidores de apetite, aulas de aeróbica e duras sessões de autodepreciação em frente ao espelho.
Eu juro que não há (absolutamente) nenhum problema em querer estar bonita – chega de hipocrisia, todos nós queremos. Não há nada de errado em ir à academia ou em estar insatisfeita com o que quer que seja no seu corpo. Mas há algo de muito errado em condicionar a isso a sua felicidade. Em guardar a vida para “quando você for magra”. Você tem que ser feliz agora  – sorrindo abertamente enquanto resolve os seus problemas com a aparência, se é que eles existem.
Se cuida – você pode até ficar magra se achar que vai ser mais feliz assim. Mas não espera não: se ama agora. - Nathalí Macedo
FONTE

6 comentários:

  1. Olá... Passando aqui pra te conhecer um pouquinho. Legal saber que nunca estamos só nessa luta para eliminação do peso. Muito bom post. Amei. Me identifiquei em várias partes... principalmente em condicionar minha felicidade em quando estiver magra...
    Dá uma passadinha lá no meu blog: http://medidacertadafamiliacostameireles.blogspot.com.br/
    Você vai gostar. Beijos.

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    1. É complicado mesmo a gente deixar de condicionar a felicidade a magreza, as vezes me pego pensando "Quando eu for magra poderei fazer tal coisa", sendo que não, eu posso fazer agora! É complicado lidar com isso.
      Vou dar uma olhada sim, beijos.

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  2. Muito legal o post C. Isso aí devemos nos amar sempre! ♥♥♥

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    1. Sim! Independente de estar ou não com o corpo que desejamos isso não significa que não podemos nos amar. Bjjjs

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  3. Isto mesmo se é a felicidade que quer, não é o número da balança que vai trazer e sim os pensamentos e o próprio viver. Boa lição.

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